A SAÚDE DO STAFFORDSHIRE BULL TERRIER

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O Staffordshire Bull Terrier é um cão bastante saudável e não exige muitas preocupações de seu tutor quanto à sua saúde, é um cachorro bastante forte e resistente, porém sua alta tolerância à dor pode mascarar problemas. Portanto, é importante estar atento e fazer o check up anual com seu médico veterinário de confiança.

Confira aqui o texto completo sobre check up.

Existem dois maiores problemas genéticos que podem acometer o staffbull, são eles: HCL2HGA. 

L2HGA 
é uma desordem metabólica, que ocasiona nos cães alteração de comportamento e demência. É um mal neurológico que ataca a espinha dorsal e causa desde ataques epiléticos a ataques convulsivos. Muitas vezes conseguimos controlar os sintomas com remédios, mas, como não tem cura, às vezes os animais afetados têm que ser eutanasiados pela enorme dor que essa condição causa.              

HC: é a catarata hereditária que faz com que, aos poucos, o cão vá deixando de enxergar.

Exames de DNA identificam a presença dessas doenças nos cães e existem três tipos de resultado: Affected (Afetado), Carrier (Portador) e Clear (Livre), ficando somente o Clear isento por completo da doença. Os que são apenas portadores nunca irão desenvolver a doença, mas irão transmiti-la caso a cadela que acasalar com eles também seja portadora. No caso dos cães livres, se cruzarem com cadelas livres, produzirão cães 100% livres da doença. É muito importante que sejam realizados exames, principalmente nos pais da ninhada, para que possam ser identificados genes que possam trazer problemas de saúde para os filhotes.
Prezando sempre pela saúde e o bem estar de todo nosso plantel, testamos os nossos cães com o kit finlandês My Dog DNA e temos todos os resultados dos exames para comprovar que todos os nossos cães são Clear para ambos os males.

Existem também, hoje em dia, dois males que vêm tirando o sono dos tutores de cães e que, apesar de não ser um problema exclusivo do Staffbull, devemos falar um pouquinho a respeito. São eles: Sarna demodécica (ou sarna negra) e a displasia coxofemoral.

1. Sarna Demodécica: é causada pelo ácaro Demodex canis. Esse parasita está presente em pequeno número na pele de todos os cães. A pele dos animais com sarna demodécica favorece a reprodução e crescimento exagerado desses ácaros, provocando a doença que está relacionada à queda de resistência dos animais, ou seja, se manifesta com a queda de imunidade ou aumento de stress na vida do cão. Não se trata de uma doença cujo contágio se dá através do contato e não afeta o ser humano. Existem casos em que os animais já nascem predispostos para desenvolvê-la, mas ela também pode se manifestar devido a vários fatores, como estresse, cio, gestação, doenças como câncer, excesso de banho no filhote (o que tira a proteção natural da pele) e até problemas comportamentais como a ansiedade da separação.
Pode se apresentar em duas diferentes formas clínicas:

Localizada: - Mais comum na face e nos membros anteriores.
- A maioria dos casos ocorre em filhotes de 3 a 6 meses de idade.
- Ocorrem pequenas áreas com queda de pêlos e descamação da pele.
- Geralmente resolve espontaneamente em aproximadamente 30 dias.

Generalizada:- Inicia-se na forma localizada e se agrava para a forma generalizada.
- Abrange extensas áreas do corpo, principalmente cabeça e membros.
- Ocorrem descamação e formação de crostas na pele e perda de pelos.
- Pode haver infecção secundária de pele.

Em caso de suspeita, o cão deve ser levado imediatamente a um médico veterinário para diagnóstico, uma vez que, muitas vezes a doença é confundida com outros problemas de pele. Por isso, o diagnóstico preciso implica na necessidade de realizar a raspagem da região afetada, seguida de uma biópsia. Essa é a única maneira de se afirmar assertivamente se se trata da sarna negra ou não.

2. Displasia Coxofemoral: Problema de saúde que pode atingir qualquer cachorro em qualquer idade. Geralmente aparece em cães que não costumam praticar atividades físicas diariamente e/ou que estão acima do peso. Esta doença afeta todas as raças, especialmente as de grande porte e crescimento acelerado. Essa condição atinge as articulações da bacia e o fêmur, causando dores e dificuldade em caminhar, entre outros sintomas.  Embora o fator genético possa ter um papel importante no surgimento da displasia em cachorros, não é a única causa. Existe a displasia adquirida, que representa 50% dos casos. Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio-ambiente podem acarretar no desenvolvimento da doença. O tipo de piso no ambiente em que o cão vive interfere muito. Isso porque pisos lisos fazem com que ele escorregue com frequência, forçando suas articulações, o que contribui para o desenvolvimento e progressão da doença.

Os principais sinais da doença são:
- O cachorro começa a mancar;
- Dor durante palpação da região do quadril;
- Quedas abruptas ao caminhar;
- Andar diferentemente do habitual, como se estivesse rebolando;
- Sentar com os membros mais abertos.

Cuidados no dia a dia:
- Evitar pisos lisos nos locais em que o cão vive, dando preferência aos pisos antiderrapantes;
- Garantir uma alimentação equilibrada e exercícios físicos a fim de evitar a obesidade e o sedentarismo;
- Se achar que seu cachorro está acima do peso, consulte um veterinário;
- Fazer o check up veterinário regularmente.

Só um Raio-X é capaz de confirmar o quadro da doença, além de ajudar o veterinário a identificar o grau da displasia e de lesão da articulação. O tratamento adequado vai depender dessa avaliação, já que cães com diferentes estados de saúde e em estágios diferentes da doença pedem diferentes procedimentos. Por isso, somente um médico veterinário poderá dizer qual o melhor tratamento a seguir.